Os dados mostram não só a consolidação da tendência de recuperação do mercado paulistano de habitação, como a expansão da comercialização e da construção de unidades residenciais.
Em novembro, quase 5 mil unidades residenciais foram vendidas, com o valor de R$ 2,9 bilhões. Foi o segundo melhor resultado deste ano – em maio, o número de unidades comercializadas atingiu 6,3 mil. Em relação a outubro, as vendas cresceram 43,5% e, comparativamente a novembro de 2018, a expansão atingiu 29,4%.
A oferta de imóveis também é muito expressiva. Segundo a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), 8,1 mil unidades foram lançadas em novembro de 2019, número superior em 83,3% ao registrado em outubro e em 24,2% ao de novembro de 2018.
Como o crescimento da oferta foi superior ao das vendas, o estoque de unidades disponíveis para comercialização atingiu 29 mil, 10,6% mais do que em outubro de 2019 e 43,4% acima de novembro de 2018.
O crescimento do estoque deve ser acompanhado com atenção, pois significa alta de custos. Ou seja, se a oferta é maior do que a procura, há ônus para os incorporadores.
A Pesquisa do SecoviSP retrata a oferta e a demanda na capital, com predomínio das unidades com área útil de até 45 m². É um quadro que não se repete nas demais cidades da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), nas quais a comercialização tende a ser mais lenta.
O fator decisivo que explica a retomada do mercado imobiliário paulistano é a diminuição do juro cobrado nas operações de crédito imobiliário.
O ano de 2019 foi marcado pela concorrência entre as principais instituições financeiras que oferecem financiamento habitacional. Está em curso uma guerra de taxas entre instituições que não se limita aos bancos Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, pois a Caixa Econômica Federal (CEF) passou a oferecer novas modalidades de crédito, a juros módicos.